domingo, 2 de agosto de 2009

Até Que Numa Noite

PRIMEIRA PARTE

A idéia de escrever regularmente me perseguia há alguns anos. Isso porque eu sentia e ainda sinto muito prazer ao colocar em palavras escritas minhas idéias. Neste mesmo intervalo de tempo, a leitura de coisas interessantes também serviu de catalisador para uma maior regularidade de minha atividade de escrever. Outros fatores também fortaleceram o meu interesse de tornar em ato regular meu prazer pela escrita, como por exemplo, a facilidade de se criar um blog.

Ter um blog abriria as portas para depositar idéias interessantes, pois ao se cadastrar como usuário de um domínio digital, eu teria pelo menos a obrigação de mantê-lo atualizado, ou seja, encontrar tempo de qualidade para escrever mais e mais. Ter um blog também escancararia as janelas sociais para que os textos selecionados fossem expostos para um público indefinido: navegantes digitais, conhecidos ou não, que por uma razão ou outra viessem a ler aquilo que eu registrava com palavras. Com certeza se escreve para que se tenha registro e para que outros possam ler.

Resisti por certo tempo a tentação de um blog, pois o trabalho e a faculdade consumiam com impulsividade a qualidade de tempo que eu presumia necessária para escrever. Amigos meus lançaram nas ondas da internet suas idéias e alguns foram muito bem sucedidos, como por exemplo, o Brabo (www.baciadasalmas.com). Outros não tiveram tal notoriedade e nem sentiram falta dela como o Edu (www.acordespravida.blogspot.com), que retomou a investida de seu blog há poucos dias. Eu, sentado no meu canto, gostava da idéia, mas não tomava coragem para iniciar tal empreitada.

Até que numa noite...


SEGUNDA PARTE

Um dos meus heróis é Mohandas Karamchand Gandhi – o Mahatma, “grande alma”. Um homem franzino e teimoso, que mobilizou milhões com um ideal simples e não-violento. O gênio Albert Einstein declarou que “as gerações por vir terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra”, após assistir o enterro de Gandhi. Pretendo escrever mais sobre ele, dedicando um texto exclusivo, mas agora não.

O que quero deixar registrado nesta segunda parte é que Mahatma Gandhi considerava o silêncio algo muito especial. Há duas frases (dois pensamentos) atribuídas a ele que mexeram comigo, que escreverei logo abaixo.

[1] “Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silêncio”.

[2] "O silêncio já se tornou para mim uma necessidade física espiritual. Inicialmente escolhi-o para aliviar-me da depressão. A seguir precisei dele para escrever. Após havê-lo praticado por certo tempo, descobri seu valor espiritual, dando-me conta de que eram esses momentos em que melhor podia comunicar-me com Deus. Agora sinto-me como se tivesse sido feito para o silêncio.”

Foi mais ou menos com estas duas frases que reuni forças para meditar sobre minha vida neste ano de 2009. Já escrevi isto num texto anterior, mas repito aqui que este ano foi o que mais investi tempo para pensar sobre tudo o quanto já havia experimentado. Foi através do silêncio que pude entender-me um pouco mais.

Foi numa noite dessas em que separei algumas horas para ficar em silêncio, que resolvi escrever sobre mim e sobre muito mais, registrando tudo num site qualquer.


CONCLUSÃO

Após reconhecer o valor espiritual do silêncio e as facilidades oferecidas pela web de se divulgar as idéias, nasceu este blog. Com ele em atividade, eu simplesmente forço-me a encontrar tempo de qualidade para escrever, pois quero que ele esteja sempre atualizado. Obtenho prazer quando consigo fechar ou concluir uma idéia que fervilha em minha cabeça. Sinto-me aliviado quando exponho o que penso ou o que acredito. Por isso, dedicarei tempo de qualidade a atividade de escrever.

Espero não estar enganado com este meu ímpeto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Expresse sua opinião, ponha a boca no mundo.

Lembre-se que não é necessário concordar comigo, mas em contrapartida, eu posso necessariamente não concordar contigo.

Boas leituras!