sábado, 22 de agosto de 2009

Maioria

No texto anterior, um holofote foi aceso sobre universo masculino: os homens foram mais privilegiados com resultado obtido no desenvolvimento sócio-cultural de anos e anos. Ainda que o texto escrito não tenha nos seus parágrafos uma leitura social em detrimento a mulher, reconheço que foi jogado confete apenas sobre o homem. Desta forma, aproveito a lacuna para compensar tal situação.

Estatisticamente, as mulheres já estão em maioria dentro das igrejas. Há poucos dias, li um artigo sobre a igreja anglicana, que ordenou pela primeira vez na história, mais mulheres que homens na Inglaterra. Apesar de haver cada vez mais mulheres no sacerdócio, o clero feminino quase não teve impacto devido, principalmente, que a maioria das mulheres trabalha voluntariamente.

Mulheres sofrem mais com a causa alheia por serem mais sensíveis. São intercessoras penitentes, possuidoras de uma fé muito forte. Repartem com mais dedicação o que possuem, multiplicam talentos e oportunidades. Nas ações sociais são mais dedicadas, árduas trabalhadoras. Nos campos missionários, são mais apaixonadas pelas culturas distintas. Nas reuniões de oração, são indispensáveis.

Participei de mais cultos missionários liderados por mulheres do que por homens. Percebi mais doação de dinheiro vinda de mãos femininas do que masculinas. A continuidade de trabalhos como EBD, creches, escolas, assistência social, enfermarias, se deve mais a elas do que a eles.

Se no passado as mulheres foram resignadas ao lar, o resultado necessariamente não foi ruim: a elas foi dada a graça de transmitir o conhecimento a próxima geração. Compromissadas com o lar, a mulher desenvolveu melhor a capacidade de relacionar-se de forma mais profunda, criando um núcleo familiar forte.

As mulheres especializaram-se na esfera de relacionamentos íntimos: expressam mais claramente os sentimentos, distribuem melhor os recursos, tornaram-se cooperativas. É devido a estes fatores, causados pela forma de como a cultura se desenvolveu, que as mulheres tornaram-se indispensáveis nas atividades da igreja. Talvez a igreja fosse totalmente diferente do que é hoje se não houvesse tantas mulheres em pujante participação. Arrisco a pensar que a igreja seria totalmente desumana, se não fosse por elas.

As mulheres já são maioria. Com o passar dos anos, a igreja será cada vez mais feminina.

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